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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Coreia do Norte.

A partir de hoje, você acompanhará informações sobe a realidade dos 10 países onde há mais perseguição aos cristãos em todo mundo, conforme a classificação de países por perseguição em 2008, elaborada pela Portas Abertas. Assim, cada dia você poderá orar pelos nossos irmãos perseguidos.
1. Coréia do Norte
A Coréia do Norte está no topo da lista pela sexta vez consecutiva. O governo trata de forma dura todos os oponentes, incluindo as pessoas envolvidas em práticas religiosas. O culto à personalidade desenvolveu-se em torno do líder do país, Kim Jong Il, e de seu pai, falecido há pouco tempo, e presidente fundador, Kim Il Sung. A população norte-coreana está separada e isolada do resto do mundo e depende do regime para suprir suas necessidades.
Os norte-coreanos têm uma percepção muito difundida de que o Cristianismo é “um elemento ruim” nesse país socialista. As autoridades norte-coreanas perseguem e matam brutalmente o povo de Deus. Os cristãos são espancados, presos, torturados ou mortos por causa de sua crença religiosa. Nossa fonte de informações estima que o número de cristãos clandestinos é de, pelo menos, 200.000, e é provável que haja de 400.000 a 500.000 cristãos na Coréia do Norte.
Pelo menos, um quarto dos cristãos está preso em campos de prisioneiros políticos por causa da fé, lugares de onde raramente as pessoas saem vivas. A Coréia do Norte e a China freqüentemente promovem batidas com a finalidade de prender refugiados e aqueles que os ajudam. Entretanto, os cristãos são corajosos e sonham com a reabertura das igrejas de seus antepassados.
ORE PELA CORÉIA DO NORTE
Fonte: Portas Abertas
Mais sobre Coréia do Norte:
Situado no leste da Ásia, o país tem relevo montanhoso e é uma das nações asiáticas mais ricas em recursos minerais: possui cerca de 50% da reserva mundial de magnésio e grandes depósitos de carvão, ferro, tungstênio e grafite. Ao longo dos anos, o governo priorizou o desenvolvimento da indústria pesada e a mecanização da agricultura. Sem a ajuda da ex-URSS desde 1991, a economia norte-coreana está estagnada e a população enfrenta racionamento de comida. A ameaça de um confronto com a Coréia do Sul alimenta um dispendioso programa nuclear.
FATOS HISTÓRICOS
No século I da Era Cristã, a Península Coreana é dividida em três reinos diferentes. O reino de Silla unifica a Península em 668. A dinastia Koryo, fundada em 935, dá ao país o seu nome, do qual deriva a palavra ocidental “Coréia”. Nos séculos seguintes, a Coréia é disputada por chineses, mongóis, japoneses e russos.
Em 1910, o Japão anexa o país, após uma guerra prolongada em que derrota chineses e russos. A dominação japonesa é marcada pela brutalidade, com esforços para suprimir a língua e a cultura coreanas. Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), dezenas de milhares de coreanos são levados para trabalhos forçados no Japão e em países sob ocupação japonesa.
A resistência dentro da Coréia é esmagada, mas grupos anti-japoneses continuam a atuar no exílio, com destaque para o Partido Comunista Coreano (PCC), apoiado pela URSS. Com a rendição do Japão, em 1945, a Coréia é dividida em duas zonas de ocupação – uma norte-americana, ao sul, e outra soviética, ao norte –, refletindo a Guerra Fria. Dirigentes do PCC, até então exilados na URSS, assumem posições de comando na zona soviética. As negociações para a unificação das Coréias fracassam e, em 1948, são criados dois Estados distintos: a Coréia do Norte e a Coréia do Sul. É oficializado o regime comunista na Coréia do Norte, sob a liderança de Kim II-Sung, que governa o país com mão de ferro até sua morte, em 1994.
Guerra da Coréia – Em 25 de junho de 1950, tropas da Coréia do Norte invadem o sul, numa tentativa de unificar o país sob o regime comunista. O Conselho de Segurança da ONU decide enviar tropas à Coréia. Integradas majoritariamente por soldados dos EUA, elas lançam um contra-ataque em setembro de 1950 e ocupam rapidamente a Coréia do Norte, atingindo a fronteira com a China em novembro. A entrada dos chineses, em socorro aos norte-coreanos, altera a situação e os norte-americanos recuam. Em 4 de janeiro de 1951, os chineses conquistam Seul, capital da Coréia do Sul. Uma nova ofensiva norte-americana, entre fevereiro e março, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao Paralelo 38 – a linha imaginária que separa as duas Coréias.
Daí em diante, as posições permanecem inalteradas, apesar dos combates que prosseguem por mais dois anos.
Uma trégua, assinada em julho de 1953, estabelece uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias. O armistício é assinado em Panmunjon, mas as negociações para uma solução definitiva ainda continuam e as relações entre as duas Coréias mantêm-se tensas.
Repressão
A Coréia do Norte reconstrói-se com a ajuda da URSS e da China, mas sua economia entra em estagnação a partir da década de 70. No plano político, o regime caracteriza-se pela intolerância a qualquer tipo de oposição e pelo culto a Kim II-Sung, idolatrado pela propaganda do governo. Kim II-Sung opõe-se à política de abertura implementada pelo presidente soviético Mikhail Gorbatchov no final da década de 80 e a diminuição da ajuda econômica da URSS obriga a Coréia do Norte a romper seu isolamento, iniciando o comércio com Formosa (Taiwan) e com o Japão em 1991.
Desnuclearização
Nos anos 90, o país torna-se foco de atenção da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que suspeita da existência de um plano norte-coreano para a produção de plutônio para fins militares. O governo da Coréia do Norte, porém, não permite a inspeção da usina nuclear de Yongbion por equipes da Aiea. O episódio gera uma séria crise internacional.
Em julho de 1994, morre Kim II-Sung, aos 82 anos. Seu filho e sucessor, Kim Jong-II, assina em outubro um acordo com os EUA para a desnuclearização da Coréia do Norte. O pacto prevê que ela interrompa a construção de dois reatores nucleares e os substitua por reatores fabricados na Coréia do Sul. Os EUA comprometem-se a prestar assistência tecnológica para suprir eventuais faltas de energia. O pacto promove uma tímida distensão entre as duas Coréias e, em novembro, a Coréia do Sul anuncia o fim do embargo comercial à Coréia do Norte.
Após ameaça de romper o acordo em janeiro de 1995, a Coréia do Norte finalmente aceita receber os reatores sul-coreanos. Em janeiro de 1996 o governo também concorda com inspeções rotineiras da Aiea em suas instalações nucleares, completando os termos do acordo de outubro de 1994.
Fome
O país, que passa por uma severa crise econômica, sofre uma grande inundação em julho de 1995. Ela atinge 75% do território e destrói toda a plantação de arroz, agravando a crônica escassez de alimentos. Com a ajuda da ONU em setembro de 1995 consegue arrecadar parte do dinheiro necessário para superar a crise.
Em maio de 1996 lideranças norte-coreanas assinam um acordo econômico e de cooperação tecnológica com a China. No mesmo mês, chegam a um acordo com os EUA para a realização de buscas conjuntas dos 8.100 militares dos EUA e da ONU desaparecidos durante a Guerra da Coréia.
Em setembro de 1996, a Coréia do Norte protagoniza um episódio típico da Guerra Fria. Um submarino com cerca de 25 militares norte-coreanos encalha na Coréia do Sul, a 75 km da zona desmilitarizada que divide as Coréias. Suspeitos de espionagem e infiltração, sete são mortos pelas Forças Armadas sul-coreanas e um é preso.

Coréia do Norte
DADOS GERAIS
Nome oficial: República Democrática Popular da Coréia (Choson Minchu-chui Inmin Konghwa-guk)
Capital: Pyongyang
Nacionalidade: norte-coreana
Idioma: coreano
Religião: ateísmo ou sem filiação 67,9%, crenças tradicionais 15,6%, chundo kyo 13,9%, budismo 1,7%, cristianismo 0,9% (católicos maioria) (1980)
Moeda: won norte-coreano; cotação para 1 US$: 2,07 em out./1996
GEOGRAFIA
Localização: nordeste da Ásia
Características: litoral rugoso (L), com estuários (O) e com labirinto de ilhas (SE), território montanhoso, com vales estreitos e pequenas planícies, regiões mais acidentadas (N e L)
Clima: temperado continental
Área: 120.538 km²
População: 24,3 milhões (1996)
Composição demográfica: coreanos 99,8%, chineses 0,2% (1989)
Cidades principais (hab.): Pyongyang (2.355.000), Hamhung (701.000), Ch’ongjin (520.000), Namp’o (370.000), Sonch’on (356.000) (1987)
GOVERNORepública parlamentarista de modelo socialista
Divisão administrativa: 9 províncias, 2 cidades
Chefe de Estado: Kim Jong-Il (interino desde a morte do pai, Kim Il-Sung, em julho de 1994)
Chefe de governo: primeiro-ministro Kang Song San (PTC) (desde 1992)
Principais partidos: dos Trabalhadores Coreanos (PTC) (único)
Legislativo: unicameral – Assembléia Suprema do Povo, com 687 membros eleitos por voto direto para mandatos de 5 anos
Constituição em vigor: 1972
ECONOMIA
Agricultura: milho (2 milhões t), arroz (2,8 milhões t), batata (1,6 milhão t), batata-doce (450 mil t), soja (400 mil t) (1996)
Pecuária: suínos (3,3 milhões), bovinos (1,3 milhão) (1996)
Pesca: 1,7 milhão t (1993)
Minérios: antracito (70 milhões t), linhita (24 milhões t), tungstênio (1 milhão), fosfato (550 mil t) (1992)
Indústria: metalúrgica, siderúrgica, elétrica, mecânica pesada, cimento, química, têxtil

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito boa e completa essa matéria sobre Coreia do Norte.Que bom seria que agente pudesse ter espaço suficiente para expandir esse assunto em nossos cultos diários.Oremos pela Coreia do Norte =)

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