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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Testemunhos

Testemunhos de cristãos marroquinos
 
Minaret em Rabat, Marrocos.  
MARROCOS ( 31 º) - Uma muçulmana converteu-se ao cristianismo, e como consequência, foi abandonada pelo marido. Agora, é ela que sustenta suas quatro filhas. Uma vez ela teve um sonho onde Deus dava-lhe a plena certeza de que suas filhas também teriam fé em Jesus.

Uma cristã ex-muçulmana trabalhou por anos em um restaurante. Ela usa um colar com um crucifixo. Seu chefe sempre esteve a par do fato de ela ser uma cristã. No entanto, há pouco tempo foi despedida justamente por isso.

Sameer é um cristão devoto e ousado. Na ocasião da recente deportação de um casal cristão, ele fora presenteado por eles com seu laptop usado, o qual não continha informação nenhuma. Após uma semana da partida do casal, a Polícia de Segurança Pública fez uma inspeção à casa de Sameer – parecia tratar-se de uma denúncia anônima. Sameer foi obrigado a entregar seu laptop. Graças a Deus ele tinho sido presenteado com o laptop sem dados do casal deportado, pois o seu estava emprestado a um amigo, também cristão.
Estava claro que Deus impedira a divulgação de informações importantes. Sameer foi detido pela polícia e levado de olhos vendados, a fim de que não tivesse como saber para onde iam. Quando, então, ao ouvir choros percebeu que estavam a caminho de uma “casa de torturas”. Os oficiais continuavam o interrogando. “Por que você é um cristão? Por que você é contra o islamismo?” Eram em torno de quinze oficiais que seguiam e prosseguiam com novas perguntas; todas com o mesmo objetivo. E como relatou Sameer, Deus dava-lhe respostas certas a cada nova questão.

Ele permanecia firme apesar das torturas severas por que passava. “Sim, sou cristão. Prove-me que ajo contra o islamismo”. Ele respondia ousadamente. Por três dias seguidos a polícia o manteve sem dormir. Objetivavam desequilibrá-lo emocionalmente pela privação de sono e alimentação, além da violência física. Por outras vezes Sameer era obrigado a se despir para ser açoitado com jatos de água fervendo. Por fim o chefe dos oficiais apareceu. Ele fingia estar arrependido. Também alegou não estar à par dos atos dos seus policiais, uma vez que os direitos humanos são respeitados em Marrocos, disse o chefe permitindo que Sameer partisse. “Mas nós vamos te vigiar”.

Apesar de sofrer de ansiedade, Sameer continua servindo a Deus. Ele viaja e faz visitas de encorajamento aos seus irmãos e irmãs na fé.

Adel participa de um curso bíblico fora do país. Qual passagem bíblica o acompanha ao longo da sua caminhada cristã? Para Adel o primeiro capítulo da epístola aos Filipenses é de grande valor, pois parece espelhar sua vida. Adel é cristão há anos e, inclusive, já esteve preso. Ele está sendo vigiado pela Polícia de Segurança Pública e vive sob pressão de retornar para lá. Uma vez passou dois dias na prisão porque evangelizara muçulmanos. Ele conta: “Eu não tenho medo. Na prisão também há pessoas que nunca ouviram falar do evangelho”.

Abdel
Abdel é um cristão batizado. Ele visita 16 cristãos berberes ex-muçulmanos, que se reúnem em diversas igrejas nos lares. Há alguns anos começaram os transtornos na vida de Abdel. Ele tinha que comparecer a um tribunal de justiça e assinar um documento comprovando que era um cristão.

Abdel distribui CDs com textos bíblicos na lingua dos berberes. Apenas o faz quando percebe que o seu contato é confiável e tem um interesse genuino pelo material. Caso contrário, a distribuição de material cristão pode ser muito perigosa. De acordo com Abdel, a igreja marroquina ainda necessita de muita instrução e liderança na fé cristã. Eles são gratos por haver CDs na lingua berbere, pois muitos são analfabetos.

Abdel garante o seu sustento da produção de capas de couro para bíblias, marcadores de livros e bolsas com símbolos cristãos. Ele opera uma pequena fábrica. Na janela de sua loja pode-se ver um peixe – o símbolo dos cristãos perseguidos.

Sua vizinhança sabe que ele é cristão. Regularmente a Polícia de Segurança Pública o interroga em sua loja, ou ele é obrigado a ir à delegacia. Abdel diz que está acostumado com os interrogatórios: “Os cristãos marroquinos encaram esse tipo de perseguição ou tormenta como algo comum, pelo fato de sermos cristãos; não conhecemos outra circunstância”.

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