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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Você sabe o que são Cristãos Coptas?

O que significa Copta?
Os cristãos de origem egípcia são conhecidos como coptas.
A palavra deriva do grego “aiguptius” que significa simplesmente egípcio. Quando os árabes muçulmanos invadiram o Egipto no século VII a população local era esmagadoramente cristã. Os muçulmanos ocupantes apelidavam os habitantes locais de egípcios, usando a palavra grega, e com o passar dos anos esse nome passou a definir os cristãos por oposição aos muçulmanos, de etnia árabe. Hoje em dia Copta significa qualquer cristão de tradição egípcia.
Origens do Cristianismo no Egito
Os coptas são uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.
No início da expansão cristã Alexandria era uma das principais cidades do império romano e formou-se desde cedo uma comunidade cristã, que atribui as suas origens a São Marcos.
Alexandria foi um dos quatro primeiros patriarcados, juntamente com Antioquia, Jerusalém e Roma.
A Igreja Copta Ortodoxa
A principal Igreja no Egito é a Igreja Copta Ortodoxa, chefiada pelo Papa Shenouda III.
Esta Igreja não está em comunhão nem com a Igreja Católica nem com as Igrejas Ortodoxas de tradição bizantina, como a Russa, a Grega e outras da Europa de Leste.
Os coptas ortodoxos pertencem à comunhão de Igrejas que se separaram do resto do Cristianismo depois do concílio de Calcedónia, no século V, que inclui ainda a Igreja Arménia, a Igreja Etíope, entre outras.
Contribuições para o Cristianismo
Os coptas têm feito grandes contribuições para o Cristianismo universal, nomeadamente no que diz respeito à tradição monástica, que nasceu nos desertos do Egipto com grandes figuras como Santo Antão.
Deve-se ainda aos coptas a preservação de inúmeros textos sagrados.
Comunidade perseguida
Sendo hoje uma pequena minoria num país esmagadoramente muçulmano, os coptas queixam-se de perseguição e opressão graves e frequentes.
Shenouda III - O Papa dos Copta
Por lei é impossível um muçulmano converter-se ao Cristianismo no Egipto, enquanto os cristãos vêem a sua vida facilitada se se converterem ao Islão.
Enquanto não existem limites à construção ou reparo de mesquitas, é preciso uma ordem presidencial para construir uma Igreja ou sequer fazer obras numa já existente.
Os coptas queixam-se ainda de discriminação por parte da polícia e das forças de segurança.
Uma tragédia frequente é o rapto de jovens mulheres coptas que depois são forçadas a converter-se e a casar-se com muçulmanos. Nestas situações as autoridades tendem a não tomar qualquer acção.
Nos últimos anos a tensão inter-religiosa tem aumentado. O Ano de 2010 começou com um ataque a cristãos que saíam de uma Igreja depois de celebrar o Natal, segundo o calendário juliano, e terminou com o bombardeamento de uma Igreja em Alexandria, causando a morte de 23 pessoas.

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